As mulheres caminhoneiras infelizmente enfrentam desafios impostos pelo preconceito e pela rotina exigente. Ser uma condutora de caminhão no Brasil ainda representa uma realidade árdua, mas quais perspectivas aguardam no horizonte?
Quais são os desafios diários enfrentados pelas caminhoneiras?
Infelizmente, mesmo nos tempos atuais, as motoristas de caminhão ainda precisam enfrentar uma série de desafios devido ao preconceito persistente.
Apesar do progresso social e da crescente presença feminina em setores anteriormente dominados por homens, a batalha das mulheres nas estradas é travada diariamente.
Portanto, é importante destacar alguns pontos comuns na rotina das mulheres caminhoneiras como uma forma de conscientização.
Carência de apoio
Determinados ambientes sociais ainda permanecem predominantemente masculinos, devido à persistência da ideia de que todos não podem ocupar os espaços desejados na sociedade.
Consequentemente, é frequente que as caminhoneiras se sintam desamparadas ao optar por essa profissão.
Isso muitas vezes se reflete na falta de apoio por parte da família, que pode não aceitar totalmente essa escolha. Amigos, parentes e até mesmo maridos e filhos podem demonstrar resistência a essa decisão.
Também é comum encontrar dificuldades em buscar orientação de uma motorista de caminhão antes de escolher essa carreira. Aqueles que desejam seguir esse caminho precisam possuir coragem e determinação para superar a barreira da falta de apoio.
Assédio
Outra consequência da falta de apoio social em relação à escolha das mulheres de se tornarem caminhoneiras é o assédio.
Embora seja um tema extremamente sensível, é fundamental que a sociedade compreenda que as mulheres motoristas de caminhão merecem e devem ser respeitadas em seu ambiente de trabalho.
Campanhas para aumentar essa conscientização, iniciativas no Dia da Mulher e esforços por parte de empresas do setor estão se tornando cada vez mais comuns. Tudo isso com o intuito de educar os homens a respeitarem suas colegas de profissão.
Isso visa evitar que a rotina das mulheres na estrada, que já é desafiadora devido à solidão, seja agravada pelo assédio.
Carência de infraestrutura
A falta de infraestrutura, como banheiros destinados às mulheres nos postos de combustível, é outro fator que torna a rotina mais difícil.
Isso faz com que muitas mulheres sintam receio de entrar nessa profissão, especialmente devido aos riscos que podem surgir se o caminhão quebrar na estrada e a motorista ficar vulnerável, dependendo da ajuda de terceiros.
Além disso, a escassez de acomodações seguras para as motoristas durante as viagens é outra dificuldade resultante da infraestrutura precária ao longo das estradas brasileiras.
Necessidade de constantemente provar sua competência
Infelizmente, outro estigma comum no Brasil é a crença de que as mulheres não são habilidosas ao volante. No entanto, pesquisas comprovam que as mulheres tendem a ser mais prudentes, apresentando menor risco de acidentes no trânsito.
Isso se traduz em seguros mais acessíveis para as motoristas, devido ao menor risco de sinistros.
No entanto, o preconceito por parte de colegas de trabalho e empregadores faz com que as mulheres tenham que constantemente demonstrar que são profissionais competentes.
Isso é particularmente desgastante do ponto de vista emocional e prejudica a capacidade das mulheres de obter bons contratos e uma remuneração justa pelo excelente trabalho que desempenham nas estradas brasileiras.
Caminhoneiras no Brasil: um número em crescimento
Apesar de todos os desafios enfrentados no dia a dia da profissão, o número de motoristas de caminhão do sexo feminino está em constante aumento no Brasil.
Atualmente, mais de 153,8 mil mulheres atuam nesse setor, com cerca de 124 mil delas em São Paulo.
Embora a quantidade ainda seja baixa em comparação com o número total de homens nessa profissão, o crescimento constante é um sinal positivo para aquelas que sonham em seguir essa carreira.
A cada ano que passa, as lutas femininas por igualdade e pela liberdade de ocupar os espaços sociais que desejam contribuem para tornar a profissão mais acolhedora para as motoristas de caminhão.
Isso acontece graças ao apoio de empresas, colegas de profissão e profissionais do setor que buscam criar um ambiente mais inclusivo para todos que trabalham nas estradas do país.
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